Nasci pela primeira vez na cidade de São Paulo, SP, e aos seis anos de idade minha família mudou-se para o Espírito Santo em uma circunstância bastante tumultuada envolvendo meu pai, um pernambucano que cedo caiu no mundo e por isso mesmo não se prendia e minha avó, uma sogra daquelas. Resultado: mulher, filhos, um cachorro e um gato junto com a mudança em um caminhão que foi o resultado de uma negociação maluca que iniciou no balcão do bar que possuíamos e em um mês estávamos na estrada.
Ninguém fazia a menor ideia para onde estávamos indo. Não se sabia nada sobre o espírito Santo e, muito menos ainda, sobre a cidade de Montanha.
Foram três dias de viagem. Minha mãe, meu pai, eu, caçula, minha irmã e meus dois irmãos dentro de uma boleia de caminhão F600 toco. Naquela época a BR 101 estava sendo construida no ES e, por isso, orientaram que a melhor opção seria seguir pela BR 116 (Rio X Bahia) até a cidade de Teófilo Otoni (MG) e a partir daí, ir para Nanuque e Montanha.
Dias atrás, viajando pelo extremo norte do estado, resolvi visitar a minha primeira cidade no Espírito Santo. Na verdade eu passei por uma estrada que liga Belo Cruzeiro, distrito de Mucurí (BA) à Nanuque. Abaixo, as fotos da tríplice franteira entre (ES, BA e MG) que fica nessa grota mesmo, e de um portal natural de Nanuque:
E finalmente voltaria a passar por aquela estrada de quando tinha apenas seis anos.
Claro que na primeira vez que passei não havia nem sonho de asfalto. Era estrada de roça. Pontes de madeira e mal feitas, buracos e poeira, muita poeira. Só não lembrava que a paisagem era tão linda!
Este trecho da estrada faz parte do município de Mucurici que é colado ao minicípio de Ponto Belo, que estarão no prosseguimento da viagem.
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